quarta-feira, dezembro 12, 2007

Devolvam-me meu nome

Tela - Pietá - Frida Kahlo

Havia um tempo
Quando o tempo nem existia
Era tão longe e no entanto
Parecia tão perto.
Sucedeu que o homem esqueceu-se de si.
Já não se lembrava do próprio nome.
E andava pelas ruas clamando:
Alguém me chame, pelo amor de Deus.
Digam o meu nome
Para que eu desenlouqueça.
Dias e noites a fio rogo aos céus,
Uma alma vivente ou penada
Que me devolva o que sou,
Avive meu nome.
Nem que seja apenas
Para colocá-lo na minha lápide.

Sílvia Câmara

8 comentários:

Muadiê Maria disse...

bela idéia, poeta.
bjo

Ana Cecília disse...

Muito bonito, Sílvia. Desses poemas que nos traspassam.
bjs.

david santos disse...

Passei para desejar-lhe um bom final de 2007 e um bom ano de 2008.

Aproveito para LHE pedir que participe na blogagem colectiva que se está a realizar hoje, dia 17, em prol da menina Flávia

http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com/

Anônimo disse...

Te amo mt mttttttt mttttttttt...! E é isso só. E é só isso.

Anônimo disse...

Boa noite minha amiga. Estou eu aqui transitando p entre uns blogs na passagem do ano e p um acaso encontrei o seu. Parabens pelo post. Palavras profundas. Eu tb escrevo. Gosto de interagir com pessoas da mesma atividade. Venha me visitar sempre que puder. Espero que aqui surja uma grande amisade. Um grande abraço p voce. Que 2008 seja repleto de paz, saude, muitas alegrias e boas realisaçoes p voce e sua familia. Bijos no coraçao.

Muadiê Maria disse...

Feliz ano novo!
muito amor e letras...
beijos
M.

~ Marina ~ disse...

Tocou-me!

Beijos, Sílvia!

Ramon de Alencar disse...

...
-Tuas palavras me lembram palavras mitolófgicas... feito antigos e esquecidos contos....