Enquanto a vida acontece,
A casa suspende-se como um poema barroco
Os animais pensam e eu fico só.
Escrevo coisas em desconexo
Apenas para não ficar imóvel.
Não tenho reserva de palavras.
Não há uma fábrica no meu bolso,
Como havia em Neruda.
As abelhas passaram à minha volta
E eu não as pude caçar.
Volaram las palabras.
Ao menos deixaram seu néctar
E aquela cor de pólen impregnou meu pensamento.
Hoje quero vestir amarelo.
Sílvia Câmara
A casa suspende-se como um poema barroco
Os animais pensam e eu fico só.
Escrevo coisas em desconexo
Apenas para não ficar imóvel.
Não tenho reserva de palavras.
Não há uma fábrica no meu bolso,
Como havia em Neruda.
As abelhas passaram à minha volta
E eu não as pude caçar.
Volaram las palabras.
Ao menos deixaram seu néctar
E aquela cor de pólen impregnou meu pensamento.
Hoje quero vestir amarelo.
Sílvia Câmara
16 comentários:
muito bom.
Também quero vestir amarelo, Silvinha.
Belo poema, adorei!
Beijos,
Conceição
Poetamiga Silvinha,
O amarelo verão, é o sol, é o ouro que brilha no seu lindo poema. Parece que estou vendo toda vestida de amarelo canário!!!
Beijos do,
Calvino
Recife
Querida Silvinha,
Um pouco sem tempo, ainda agora, comentei de improviso
volto agora com rima
no mesmo cenário
parece que estou vendo
toda vestida de amarelo canário!!!
Abração do,
José Calvino
Silvinha querida, qualquer cor é "alumiada" pelo seu brilho e as palavras francas e certas estão sempre voando sobre seus sonhos e doçura. Desculpe minha ausência; as cores ainda são arco-iris para mim.
2008 será pleno de alegrias!
Verônica
E esse amarelo da cor do sol te fará iluminar-se... que bela inspiracao!
Um abraco
dias assim valem a pena :o)
beijos, querida e um ótimo começo de ano para ti,
MM.
CORES DE POLEN!!!
e eu não fico só.
Tá bonito, enternecedor até...
Xaxuaxoi
...
-Amarelo, Amar elo...
O mesmo amarelo que se estende na janela...
Amiga poeta,
terei prazer em te enviar o livro - e vestido de amarelo...
Lindo poema neo-barroco.
O lançamento foi lindo, estou ainda muda por tantas emoções. Breve vou postar imagens que falem por si.
Mande pra mim seu endereço no email anaceciliabastos@gmail.com, tá?
beijos,
Ana
Silvinha!
E não é que estou vestida de amarelo? Mas (infelizmente) ao contrário da minha amigapoeta, só estou vestida por fora(momentos da vida em preto e branco...)Quem dera impregnar-me por dentro com esse seu vôo...Quem dera!
Saudades!
Oi Silvinha!
Que surpresa maravilhosa descobrir essa você que nem imaginava , recolhida na que sempre se apresentou a mim!!!
Parabéns pela profunda leveza dos seus poemas, o que demonstra sua capacidade grandiosa de enveredar pela fluidez de se fazer arte como se respira: espontâneamente!!!
Rosana Meirelles
Não! Não te faltaram as palavras! Deixaste aqui poucas, mas, muito sugestivas palavras!
Beijos, Sílvia!
Querida Sílvia,
deixe-me então enviar um abraço por seu aniversário - essas coincidências são demais! É a poesia da vida.
Eu me identifico muito com os seus poemas também. Algo que vem da terra nordestina, um certo sentimento do mundo. Com certeza conversaremos mais sobre isto!
Ana
Silvia, entrei no seu blog pelo poema inspirado pelo envoi de Mário Faustino. E vim dizer que gostei imensamente.
O Mário também amava o sol.
Um abraço,
Lilia Chaves
Lilia Chaves, fiquei feliz com a sua passagem no Brisa e que bom saber que vc gostou.
À propósito, quando quiser volte.
será um prazer recebê-la em casa.
Um abraço.
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