Como se abraçasse o tronco duma árvore
Com os braços tão longos de medo.
O vento chegava prenunciando chuva:
Chovia chuva de vento.
Foi lá que puseram os ninhos
as aves de vôo lento.
Revoando e voejando
No branco da luz,
Justo na sombra do tempo.
Era um amanara – chuvoso dia na língua primeira.
Dia de nascer saudade.
Sílvia Câmara
2 comentários:
Lindo, lindo, adoro esta sua poesia.
beijo
Poema muito bem construído! gostei muito das imagens que criou.
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