photo by galaxy
A mão que tece uma plúmbea manta,
cor seráfica de chuva,
Também é capaz de desmanchar
As bífidas tranças alinhadas
Na cabeca da noite.
Penduradas no cordão virgulado da lua.
Na vertigem de acompanhar o infinito,
Encobre-se nos noturnos ombros,
Entornando a luz que vaza serena.
Elegíaca mentora tapeceira
Harpeja estrelas numa láctea via
Solfejando brilhos no esplendor celeste.
Goteja sons no alvorecer aéreo
E uma sinfonia eterna caladamente acorda.
Sílvia Camara
A mão que tece uma plúmbea manta,
cor seráfica de chuva,
Também é capaz de desmanchar
As bífidas tranças alinhadas
Na cabeca da noite.
Penduradas no cordão virgulado da lua.
Na vertigem de acompanhar o infinito,
Encobre-se nos noturnos ombros,
Entornando a luz que vaza serena.
Elegíaca mentora tapeceira
Harpeja estrelas numa láctea via
Solfejando brilhos no esplendor celeste.
Goteja sons no alvorecer aéreo
E uma sinfonia eterna caladamente acorda.
Sílvia Camara
4 comentários:
O silêncio tece o mundo. O barulho é dispensável na construção cósmica. Os poetas sabem disso e entoam as suas canções em silêncio.
Clóvis Campêlo
Recife
Imagens pouco usuais ("plúmbea manta", "bífidas tranças", "cordão vcirgulado da lua" etc.) fixam a essência de seu poema, um 'Noturno em surdina'. Beijos.
É isso, Clóvis. O silêncio da criação.
Quanto às imagens, Moacy, que bom sabê-las essência.
Obrigada aos dois, pelo pouso no Brisa.
um abraço grande
Lembrei-me de Cruz e Souza, será coincidência ou há realmente algum ponto de ligação? Um abraço!!
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