L'Implorante - Camille Claudel
Hoje acordei Deus.
Eu sozinha era Deus.
E nem havia pureza
em tal empreitada.
Pelo contrario,
era pura vaidade.
E não resisti
à dourada possibilidade de subir aos céus
E ficar sentada, não no centro,
na beirada do firmamento.
Observando a humanidade,
lavando as mãos e os meus pecados.
Para enfim descobrir...
e pedir perdão
por viver uma farsa.
Silvia Câmara
Hoje acordei Deus.
Eu sozinha era Deus.
E nem havia pureza
em tal empreitada.
Pelo contrario,
era pura vaidade.
E não resisti
à dourada possibilidade de subir aos céus
E ficar sentada, não no centro,
na beirada do firmamento.
Observando a humanidade,
lavando as mãos e os meus pecados.
Para enfim descobrir...
e pedir perdão
por viver uma farsa.
Silvia Câmara
6 comentários:
Ou, Sílvia! E assim caminha a humanidade! Muitas vezes vivendo uma farsa, mas não por intencional maldade e sim por forças de tantas circunstâncias alheias a sua vontade.
Abraços,
Gerlane
Excelente, Sílvia.
O poeta é um fingidor e quando descobre e assume essa sua condição, transforma-se num exímio versador.
Parabéns!
Clóvis Campêlo
http://cloviscampelo.blogspot.com
Deus: a mulher. Céus: a humanidade. Farsa/fala/falha: a descoberta. Acima de tudo e de todos, a Poesia. Quando uma visita atrai outra visita, chegou a hora de buscar a "dourada possibilidade" do encontro - virtual, no presente caso. Enfim, grato por mais uma visita ao Balaio. No mundo ada blogosfera (assim como no mundo real, bem entendido), visitar é preciso. Beijos.
Sílvia, há uma surpresa pra você no Balaio. Um beijo.
Bom acordar-se Deus, subir e depois, com humildade pedir perdão por tudo que não temos a capacidade de alterar.
Beijão e um abraço bem grande.
Verônica
Uns dias sem vir aqui, por absoluto impedimento, e encontro a beleza de sua poética, minha querida conterrânea.
Agradecido por sua visita e a generosidade do comentário. Não há necessidade de permissão. É uma honra poder estar em seu espaço.
Forte abraço.
Postar um comentário