Certo pássaro, invisível quase ausente,
vai e segue o seu curso, instantâneo e só.
Amanhecer e gaivota se entrelaçam,
dançam na claridade azul do arrebol
Vai andorinha, segue o sol infinito.
Saibam, pois, que a vida alcança o sentimento
e segue o seu curso rápido e eterno.
Para além da alvorada e do firmamento.
Assim a vida inaugura uma passagem.
Como a meia-noite se transforma em dia.
A ave alça vôos para outras paragens.
Alimentando a espera de um amor tardio.
Também o poeta assume o risco e sonha.
Viver é alçar um vôo errante e largo.
Miraculosamente, sopro tristonho
de uma liberdade em vida encerrada.
Sílvia Câmara
terça-feira, novembro 14, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Lindo poema, Sílvia.
Cada vez mais bonito e mais rico de rimas, o seu cantinho enche o meu coracao de paz e de confianca no ser humano.
Obrigada, amiga, por voce existir.
Grande abraco,
Conceicao.
Postar um comentário