segunda-feira, novembro 20, 2006

Tempo


A moça corria por entre os pingos da chuva,
Rápida, l
é
p
i
d
a
E o tempo passava.
O sol surgia por entre as frestas de nuvem,
Morno, l
e
n
t
o
E a manhã já virou tarde.
Uma criança passa, pára e diz:
Olha o raio de ouro que caiu da nuvem.
Abaixa-se, pega um caco de vidro e segue.
A chuva passa
A moça pára
A criança corre.
Só o tempo — entre todas as coisas — não p
á
r
a.


Sílvia Câmara

Um comentário:

Anônimo disse...

Ansiosa, quis postar logo no poema Brisa, lindo e leve e suave como a autora... Mas, dei de cara com a declaração de Cesar e senti que ali não comportava mais nada pois se tornara um lugar sagrado. Então, procurei esse seu Tempo, com a moça correndo entre os pingos da chuva e ele implacável, não p
á
r
a...
Como diz Martha, a gente merecia conhecer ontem!Parabéns!!!
Beijim, querida!