sexta-feira, dezembro 22, 2006
Filhinha
Deus não é severo mais,
suas rugas, sua boca vincada
são marcas de expressão
de tanto sorrir pra mim.
Me chama a audiências privadas,
me trata por Lucilinda,
só me proíbe coisas
visando meu próprio bem.
Quando o passeio
é à borda de precipícios,
me dá sua mão enorme.
Eu não sou órfã mais não.
Adélia Prado
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2 comentários:
AMÉM. AMÉM. AMÉM.
Nunca fui orfã.
Já passei por uma ponte bamba
Escorreguei escada abaixo
Levei choque
Sonhei que estava em cima de um poste
Mergulhei fundo no mar cheio
Afoguei-me em lágrimas
E acordei.
ELE fala de esperança
Passa água açucarada na dor
E me sorri... eu a ELE.
Com carinho, Verônica
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