quinta-feira, dezembro 14, 2006

Lia


"...
Deixastes uma doce lição
permitindo o amor mais puro
brotar em meu coração
partindo com sabedoria
cheia de paz e alegria
para uma nova missão.

...
recebes este poema
e espera-nos aí no céu
nos proteja com teu véu
das nossas aflições terrenas.
..."

Ruy Câmara - excertos do poema concebido na madrugada seguinte à perda de Lia - filha caçula de 1 ano e 8 meses- por afogamento.

15 anos.
Poderia ser uma data festiva, mas não é.
Faz 15 anos hoje que a pequena Lia partiu.
Nada preencheu o vazio que ela deixou,
mas o seu riso de criança ficou conosco para sempre.
São essas as tais ausências que sempre se presentificam.
E o poeta, qual Baudelaire desvairado, refugiou-se na Literatura e passou a produzir belíssimos textos. A enorme perda que revelou um dom.
Sílvia Câmara

3 comentários:

Anônimo disse...

Sílvia querida,

Como entendo a saudade clara como cristal que irradia o poema de Ruy.
Os anjos como Lia, como Zoé, marcam o céu de nossas vidas e deixam um rastro inesquecível, embora tao breve.
Beijos solidários para os dois, irmao e tia.

Conceicao.

Anônimo disse...

Quem é Zoé, dirao estrelas.
E respondo só para voce, Sílvia querida.
Só o vi a única vez em que havia acabado de nascer. E morrer.
Sofri duas vezes por mim e por meu filho, que aos vinte anos perdia o seu...
Certamente Zoé deve estar mais feliz juntinho das estrelas do céu.
Grande abraco,

Conceicao.

Anônimo disse...

Que inspirado poema!
Era ela, a esperta Lia, que deitou seu coração, junto ao pai, para trazer vida e esperança.
Parabéns, Ruy pela coragem e sublimação.
Abraço imenso Silvinha; esse teu cantinho é mesmo especial.
Verônica